Um dos momentos mais difíceis do Connect Live 2019 (leia aqui a minha recap) foi se despedir dos amigos que construímos durante um evento tão intenso. Para mim, em particular foi muito difícil me despedir de @CeciliaRatto e @Jesi, amigas com quem junto com @Stella2, explorei São Francisco antes do evento. Em meio a uma emoção muito grande, e a lágrimas, prometi a “mis hermanas” que “nos veríamos pronto”.
Mês passado, quando Ceci me enviou o calendário das meetups, que estavam organizando na Argentina, comecei a procurar voos e, felizmente, encontrei uma opção viável, para encontrá-las em Colônia, no Uruguai, sábado, dia 11, onde @Silvis estaria organizando uma meetup. A princípio, ficaria apenas no Uruguai, mas do outro lado do Rio da Prata, a uma hora de barco, está Buenos Aires, com seus encantos e seus incríveis local guides. Não deu para resistir e combinamos uma meetup, organizada por Ceci, para domingo, dia 12. Foram dois dias intensos e, antes de começar a contar a história cronologicamente, quero dizer que não vejo a hora de encontrar meus amigos argentinos novamente, seja na Argentina, no Brasil ou em qualquer lugar do mundo.
Cheguei a Montevideo na sexta. A ideia era conhecer primeiro a capital uruguaia, antes de viajar no sábado pela manhã para a cidade de Colonia, que fica cerca de 180 quilômetros ao sul da capital do país. Montevideo é também uma cidade muito encantadora, com uma paisagem natural que se mistura a sua histórias e tradições. Como não se trata de uma cidade muito grande, é possível explorar os principais pontos turísticos em um dia.
A melhor pedida é comecar o seu dia com uma caminhada na “Rambla de Pocitos”, (rambla em português quer dizer orla), passeie pelo Parque Rodó e faça em seguida uma visita ao Palacio Legislativo e almoce no “Mercado del Puerto”. Após o almoço, vá para a Praça da Independência, onde está a Porta da Cidadela e também o Teatro Solis. Eu tive muita sorte e cheguei no Teatro Solis alguns minutos antes de começar uma das visitas guiadas e aproveitei para conhecer o espaço. Detalho as informações na minha lista, mas adianto que há tour guiados em várias horas em Espanhol, Português e Inglês.
Em seguida, rumei para o Faro da Brava, para ter uma vista privilegiada de Montevideo e assistir a um dos pores do sol mais bonitos da minha vida (detalhe, o sol se pôs somente depois das 20h, o que me permitiu aproveitar muito a cidade). Assista abaixo um Time Lapse que fiz com o meu Google Pixel 3XL (aceleração de 120 X 1).
Após assistir ao Por do Sol, comi um “asado” em um restaurante típico uruguaio e caminhei mais um pouco a noite na orla, quer dizer, na “Rambla de Pocitos”. Saiba mais na lista que eu criei para o Google Maps, Montevideo em um dia.
Sábado pela manhã, bem cedinho tomei um ônibus para Colônia, para esperar pelos amigos que vinham de barco de Buenos Aires. Foi emocionante meu reencontro com minhas amigas “Cucarachas” Jesi e Ceci (sim, nós cantamos La Cucaracha pelas ruas de Colonia e Buenos Aires - aguarde em breve a Recap de Ceci com os imperdíveis vídeos desse “hit” que lançamos durante o Connect Live 2019), assim como também foi genial reencontrar a @ValeriaA_, a quem também conheci no Connect e finalmente conhecer pessoalmente a Farid, com quem já havia conversado em uma meetup por vídeo, além de outros dois igualmente incríveis local guides: @AdroGran e Silvys.
Exploramos o centro de Colonia de Sacramento, pela manhã, comemos em um restaurante tradicional, que oferecia o tradicional “Chivito” (um sanduíche típico), passeamos por parques e orlas, e fomos para praia, onde conversamos muito sobre as semelhanças e diferenças culturais entre os nossos países, como o fato de que os argentinos e também os uruguaios bebem mate (chá) quente mesmo em dias de intenso calor como foi aquele no Uruguai (na verdade, esse é uma tradição do Cone Sul e brasileiros do Sul do País também são adeptos da bebida, que chamam em português de “Chimarrão”. No meu estado, o Rio de Janeiro, mate é bastante popular também, porém o bebemos gelado na praia). Com Farid, conheci músicas novas de Uruguai e Argentina e também compartilhei algumas músicas brasileiras. Terminamos o dia comendo “Rabas” (se você for ao Uruguai e não souber o que isso significa, saiba que são “anéis de lula”, muito gostosos, por sinal). Após o nosso happy hour, seguimos por volta das 21h para Buenos Aires. Fui para minha acomodação dormir para começar o dia bem cedo.
Comecei o Domingo, com um passeio rápido pelas ruas da Recoleta, onde estava hospedado, segui para o ponto de encontro da meetup de domingo, a Praça “Reina da España”. Jesi e Ceci tomamos um café e seguimos para conhecer alguns dos principais pontos da cidade. Ao longo do percurso se somaram a nós Silvis e Adrian. Visitamos a tradicional Casa Rosada, o Obelisco, a Praça de Maio, a Catedral, o Cabido, Teatro Colón e tudo que as minhas poucas horas na cidade me permitiam. A parte mais bacana disso, foi visitar esses lugares turísticos acompanhado de Local Guides, que me contaram a história sob a sua perspectiva, o que foi encantador, como orgulho unânime do herói nacional “San Martin”, responsável pela independência da Argentina, e também do Chile e do Peru. Tenho certeza que em poucas horas aproveitei e conheci mais de Buenos Aires que muitos turistas não conseguirão conhecer em semanas. Obrigado, meus amigos Local Guides!
Ah, sim! E comi muito, “choripán” (pão com “chorizo”, que é um tipo de linguiça argentina, e com molhos), empanadas, alfajores, o sorvete local que é considerado um dos melhores do mundo, e, claro, principalmente a “Parrilla Argentina”. Meus amigos me levaram em um restaurante espetacular. No local, serve-se a “Parrilla Argentina” e também uma versão pra turistas, a “Parrilla Turística”. Eu fui a Argentina para estar com os argentinos e comer como eles e pedimos a “parrilla tradicional”, acompanhada de um vinho Malbec, da região de Mendonza. Basicamente, o que difere a “parrilla argentina” da turística, é de que a primeira vem com miúdos de boi (aconselho que você deixe o preconceito de lado e experimente, porque tudo é muito feito bem feito e muito gostoso).
Seguimos depois do almoço a caminhar pela cidade, e no final da tarde tive que me despedir dos meus amigos e voltar para o Brasil. Obrigado por fazerem esse brasileiro, que se arrisca a falar espanhol e que seguirá estudando para se aprimorar, se sentir em casa na casa de vocês.
Dessa vez, como escreveu Ceci, em sua rede social, não teve lágrimas, porque sabemos que ainda vamos nos ver muitas e muitas vezes (eu sinceramente, espero que seja em muito breve).
“Los quiero!”