É intrigante a alegria que se faz presente em um jogo de vôlei, principalmente em ambiente externo. Me corrijam os psicólogos, diferentemente do futebol e do basquete, nos quais normalmente você volta seu olhar para o chão ou horizonte, no vôlei você olha para cima, quase sempre. Sim, é lá no céu que está a inspiração de muitos para viver e ter fé. O céu, mesmo que encoberto, traz uma paz muito grande e acalenta o nosso coração. Se estiver azul, então, traz a noção de infinito e a sensação também se torna infindável. Você pode ser um “esgrimista”, “milimétrico” ou apenas um “jogador de bola para o alto”, todos têm vez…
Os pontos que ocorrem a cada jogada que, muito raramente, são iguais, faz com que a dinâmica, estratégia e precisão vão se acumulando com o passar do jogo. Notem que o cansaço vem e as pessoas jogam (nos jogos informais), até quase a exaustão, tendo em vista o prazer que traz. Pode até custar uma dor no pé, nos braços ou faltar o fôlego, mas, ele te consome fisicamente e a endorfina trabalha muito! Tanto é que as pessoas acabam voltando e muitos que pararam há anos, acabam reunindo forças e retomando, isto é muito bom.
É interessante notar, depois de vários anos, que você perde algumas qualidades e comete erros tolos, por vezes perdendo pontos para a equipe. Se houver maturidade no grupo, o jogo for encarado como diversão e não obrigação, é natural que ao longo da partida ou de alguns jogos, as movimentações vão melhorando, o posicionamento, a noção de espaço, a jogada em movimento, a ação do vento (mesmo que suave), se aprimoram muito. Isto traz benefícios para o dia a dia físico e mental, incomparável, é muito bom!
A você que está afastado há algum tempo, fica aqui o convite e mesmo que se encontre desanimado, por vezes depressivo, sem fé, vem jogar! Vem olhar para o horizonte e para o céu, vem pra equipe, sobretudo, vem ser feliz! (abaixo o local onde jogamos…)
Carlos Andreta
(pretenso jogador)