Pensar em viajar é lembrar de grandes capitais, é se preocupar com o metrô e ônibus, e também onde ficam as atrações mais famosas. Mas quando eu falei que ia viajar para a Amazônia, pouca gente me levou a sério. A primeira pergunta sempre foi “mas lá tem muitos insetos”. Sim isso é verdade, a Floresta Amazônica é o lugar com maior biodiversidade do mundo, com diversos animais, grandes, pequenos, que voam, e claro muitos insetos.
Mas por que tantos estrangeiros vem visitar nosso quintal e nós mesmos, brasileiros, não queremos ir para a floresta? Foi esse motivo que me levou a uma das melhores viagens da minha vida e que de tanta informação terei que dividir em dois posts. Hoje vou falar um pouco sobre como é ficar no meio da selva, viver a natureza e ficar desconectado das pessoas mas muito mais conectado com o planeta.
O primeiro ponto importante é chegar em Manaus, uma linda cidade, famosa no passado por ser uma referência em questão de avanço tecnológico aqui no Brasil. Para quem só ouve falar de São Paulo e Rio de Janeiro isso acaba sendo uma surpresa. Para deixar todo mundo um pouco mais curioso: Manaus foi a primeira cidade a receber energia elétrica no Brasil!
Bem, voltando à floresta… Precisamos pegar um avião até Manaus. Não existe desculpas, muitos voos saem das principais capitais brasileiras com destino a MAO. Saídas de Brasília, Rio, São Paulo, e outras cidades no Norte e Nordeste do país. Sempre tem como chegar. Fiquei 4 dias em um hostel de selva, saindo de Manaus foi um carro de 30 minutos, um barco de 20 minutos que passou pelo famoso encontro das águas, mais uma kombi de 50 minutos e por fim um outro barco de 20 minutos. Apesar da distância e da demora, cada nova paisagem fazia valer a pena. Até chegar no hotel consegui boas fotos e ótimas lembranças.
Chegando no hotel tive a surpresa ao descobrir que não havia sinal de telefone, muito menos wifi. Confesso que, a princípio, foi agoniante não conseguir me comunicar com minha família ou amigos. Afinal, seriam 4 dias de isolamento. Mas na verdade isso tudo foi muito bom. Conheci pessoas fantásticas durante minha viagem, ficamos conversando durante horas que não passavam. Pessoas do mundo inteiro, Japão, Hungria, Alemanha, Russia. Acho que não ter internet nesse momento foi muito bom, porque fez todos aproveitarem a experiência ao máximo. Para chegar na floresta reservei um tour com uma empresa e um guia muito bons! Esse tipo de informação faz muita diferença. Nosso guia era nascido em uma tribo indígena e sabia muito sobre os animais e a floresta, explicou sobre plantas medicinais, ensinou algumas técnicas de sobrevivência, caminhar por trilhas etc.Acho que é impossível tentar explicar como foi esse tempo lá. Posso dizer que é um ambiente de energia muita boa, é revigorante estar no meio da natureza. A gente vê tanta paisagem e quer fotografar tudo, mas depois percebe que as coisas são iguais
Essa é a melhor parte! Porque ai a gente começa a parar de fotografar e começa a apreciar a paisagem. Isso é viver intensamente cada dia da viagem.
Ah e sobre os insetos e mosquitos, sim eles estavam lá. Recebi umas picadas, não tem como não receber. Mas digo que valeu a pena, por tudo que vivi e presenciei.
Espero que gostem de algumas fotos que eu consegui tirar e que vocês se sintam animados para experimentar a Floresta Amazônica também.